quinta-feira, 29 de setembro de 2011

MEDO

Não me encontro nos livros, não me encontro nas músicas, não me encontro no mundo. Me perdi dentro de mim. O mundo é grande e sinto-me sozinho. O que fazer? Eu não quero fazer!
Eu tenho medo. Medo porque acreditei que felicidade é plena. Medo porque preferi sonhar.Medo porque fui ser de amar. 
Minha mão está cheia de cortes, os braços e pernas cheios de arranhões, mas nunca gostei de me machucar. Porém gostava de contar as histórias das minhas cicatrizes. Agora eu quero uma armadura, não quero sentir dor.
Tão confuso que nem me entendo com as palavras. Sem verdades.
Pequei por crer em certezas, pequei por depender demais das pessoas, por me escravizar aos sentimentos. Nunca fui corajoso para mim.
Me enforco com as expectativas do mundo sobre mim.

Hoje eu sou apenas alguém que sabe chorar, por não saber o que realmente quer.
Substitui meu vocabulário, finjo meus sorrisos.
Eu não quero nada. Imóvel, preso no tempo, assim eu quero ficar.
Um ponto final.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Eu, para mim, sobre você

Há tanto em mim, há muito para dizer, mas o momento me faz mentir para mim, para o mundo. Desorganizado, é assim que vou colocando meus sentimentos nesse papel, sem tempo de pensar em vírgulas ou qual palavra soa mais bonita, pois não tenho a pretensão de ser poético, é apenas pra ser sincero comigo, com aquilo que tenho sentido há muito tempo.

Essa folha de caderno será minha unica e fiel confidente essa noite, pois nela me aliviarei. A noite está linda pra ser desperdiçada dentro de casa, preferi me perder no céu estrelado, assim como me perdia nos seus olhos. Troquei o afago quente das minhas cobertas, a fim de me esquentar nas lembranças. As minhas lágrimas dizem mais que as palavras, dizem o quanto sinto sua falta, o quão difícil tem sido longe de você.

Pra onde olho, lembranças. Vindas a cada pôr de sol em Ouro Preto, a cada domingo nublado e frio, a cada filme romântico, cada miudeza dos dias. É passar por um arbusto de flores e querer arrancar uma unica para lhe presentear. Sinto falta dos abraços, dos sorrisos, das mordidas, beliscões, refeições, do boa noite com beijo na testa e principalmente daquilo que mais me doí não lhe dizer todos os dias, TE AMO.
Hoje a tenho de longe, por algumas mensagens trocadas e uma voz distante no telefone, são meus suspiros, minha fuga, nosso encontro. Me acostumei a distância, mas te tive muito próxima para querer me acostumar de novo.

Sua voz está cansada, triste. Como eu quero te ver sorrindo novamente, como eu quero ver a primavera no seus olhos. Quero te ajudar, estar a seu lado nas lágrimas e nos sorrisos, mas desse vontade eu não sou rei, e invisível tento me fazer para te ajudar, pois o amor se dedica sem pedir retribuições. Eu sei que ainda não é o momento.

Então vou ensaiando meu discurso, repassando as lembranças, e recordando seu olhar naquela foto guardada na minha carteira, para o dia que nos encontrarmos novamente, ter sabor de primeira vez.
Eu só quero sonhar um pouco, chorar um pouco.

(escrito na última folha do caderno, nessa madrugada de muitas estrelas e algumas lágrimas)

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Garoa

Dia frio, dia estranho. Está tudo muito calmo, sem movimento, sem lágrimas ou sorrisos, parece que os ponteiros do relógio esqueceram de trabalhar.

Está faltando um pouco de azul, de batom vermelho, de mordidas e beliscões, de manteiga derretendo na panela.

As semanas também tem os seus invernos.

O exagero de te amar.

São 126 SMS's até o exato momento, lidos um por um, repetidas vezes. Já foram várias ligações, em todos os momentos do dia. Quantas lágrimas já se foram naquelas primeiras madrugadas, quantas foram as ligações desesperadas para tentar me desculpar ou te acalmar, ou simples ligações, só pra tranquilizar a saudade ouvindo sua voz. É bom dia, boa tarde e boa noite, sempre acompanhado de EU TE AMO. Meu jeito de amar é assim, exagerado, por vezes desesperado. Alguns dirão que é brega, mas sou romântico das antigas, que presenteia com flores roubadas de um jardim, escreve bilhetes pela manhã, só para ter o seu primeiro sorriso ao acordar, que manda cartas, só para fazer sentir-se pelas letras, e diz EU TE AMO sem pretensão.
Toda manhã eu acordo com um desafio, fazer-te me amar novamente, e digo, há dias que esse desafio é grande, mas persisto sem reclamar. As vezes sinto lhe incomodar, te dar muito quando você quer pouco, mas e se eu parar de ser assim, e se querendo acertar eu errar na quantidade? E se eu parar de dizer TE AMO a todo momento? E se eu não lhe escrever, não lhe fazer surpresas, ou te enfeitar com uma flor? O que você iria pensar? Essa é a pergunta que me faço todos os dias.
Então continuo no meu jeito, não quero fazer você pensar, quero apenas realizar o amor dentro de ti. 
Dar-lhe-ei os tijolos que te faltam,sua morada será abrigo do meu coração, e enfeitaremos com as flores que lhe trarei todas as manhãs. 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Palavras mal desenhadas

Foram alguma palavras mal escritas, mas capazes de borrar um texto inteiro. Derramei café na mesa. Todas as palavras se desmancharam, mas aquelas, aquelas por alguma razão permaneceram escritas, sem nenhum ferimento, mas ferindo quem as lia. Logo esse texto. Os primeiros parágrafos escrevi ontem a noite, e estavam tão bonitos, tão cheios de gracejos e sorrisos, repleto de palavras que mais pareciam trechos de músicas do Chico Buarque. Escritos em tons de azul, porque é essa a cor que me faz lembrar você. Eu já estava na última linha, pensando se deveria acrescentar mais uma vírgula ou se desenhava EU TE AMO para finalizar com ponto final. Depois de passar o dia me divertindo rascunhando aqueles trechos, eis que por um descuido, um lapso de três ou quatro palavras, eu borrei esse texto. Não tinha mais jeito, a tinta estava no papel, e sou perfeccionista demais para fazer rasuras.
Me martirizo pela culpa. Tentei argumentar, sugerir um novo clímax, mas não te convenci. Sua razão reina sobre mim. Não quis insistir, conheço as palavras que te fazem sorrir, mas as que nos magoam são as quais dedicamos maior atenção. Perdi todas aquelas letras e perdi a vontade de escrever.
Me restou dormir, e sonhar com palavras para o próximo amanhecer. Conheço e reconheço meu erro, e nele retorno a ideia, a fim de palavras certas. Porém, irei escrever com a mesa limpa, sem xícaras de café que possam derramar ou palavras que possam manchar. Tenho um caderno com muitas folhas, canetas me sobram, e seus sorrisos ditam as palavras. Quem sabe um dia essas folhas se tornem um livro ou simples memórias que nos façam sorrir. Mas antes de ir deixo-lhe um bilhete, escrito em letras garrafais, EU TE AMO!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Você já tinha escrito

Eu acordo buscando meu celular a espera de uma mensagem sua enquanto dormia, assim permaneço por todo dia, ocupando-me com você. Eu ouço uma música e penso em você, escrevo porque penso em você, leio e penso em você, penso em você pensando como você. Paranoia? Exagero? Vicio? Bem, que sejam todos, se amor é isso, quero me drogar todo dia, te perseguir para lhe entregar uma flor, exagerar em EU TE AMO's. Escrevi sobre esse amor antes de te conhecer, antes de confirmar o abraço e realizar a necessidade do beijo. Quis dizer TE AMO quando lhe dei a mão, mas demorei três dias para gritar e revelar-te todas essas exclamações. E quando me pego lembrando daqueles quatro dias, é regra chorar, e hoje, quando eu lembrava do nosso primeiro beijo, nossas lágrimas foram simultâneas. Aquela noite é como uma fotografia, está no porta retrato para sempre recordar, e nas lembranças dessa noite você me revela detalhes que desconhecia, você me revela uma das coisas mais lindas que já "ouvi", você me revela que nosso amor já havia sido escrito antes de nós. Minhas lágrimas brincam de serem felizes, me arrepio com aquelas palavras. Eu tinha pedido um amor bonito e ganhei todo o amor. Nesse amor eu fui batizado de Díndi, e assim quero continuar sendo chamado para sempre. Você é o chaveirinho que carrega a minha chave mais importante.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Assunto: amor

Aqui estou, escrevendo meu primeiro post. Quando criei esse blog, eu pretendia debater política, futebol e outros assuntos pertinentes e atuais em nossa sociedade, porém os meses se passaram e deixei esse blog esquecido, sem nenhum texto produzido. Nesses meses muito aconteceu, mais intensamente nos últimos três, e mais concretamente nas últimas três semanas, e retomei a empolgação para escrever. Volto com novos sentimentos, sentimentos que permeiam todo meu dia, minhas ações, minhas idéias, minhas palavras, e é sobre ele quem venho escrever, e provavelmente será assunto recorrente das minhas publicações, mas ainda poderemos discutir aqueles outros assuntos.

Esse sentimento que tentarei aqui reproduzir, também começou escrito, escrito num guardanapo, há quase 8 meses. Por muito tempo foi despretensioso, ficou ali, guardado no fundo da carteira, não tinha razão, mas por algum motivo deixei-o ali. Despretensioso permaneceu, mas agora ele conversava, as palavras foram aumentando, surgiram frases, e despretensioso fez um convite. Convite tentador, mas que teve que ser adiado, mas despretensiosa surgiu a ansiedade, e ela virou conversa longa, de horas, de dias, de contagem regressiva, mas de sentimento crescente. Despretensioso eu fui e quando cheguei convidou-me a um abraço, longo, apertado, que fez mochilas serem esquecidas no chão. E permanecia despretensioso, mas o meu desejo era me convidar, me convidar a aproximar, me convidar a olhar, me convidar a um beijo, um beijo que convidou a muitos outros, durante quatro dias, e aquilo que já não era mais despretensioso se confirmou num pedido, e havia pretensões, sim, no plural, porque não era somente minha. No até logo, um convite as lágrimas, e certeza de que tudo aquilo não acabaria ali. E são três semanas desde então, nos convidamos a saudade, as lágrimas, e novamente a ansiedade do reencontro, mas agora, tudo é pretensioso demais, e os convites são assinados por nós dois e endereçados a todos que queiram amar.